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Ponto de situação de ensaios clínicos

23 fevereiro 2024

De acordo com um inquérito realizado pela APIFARMA às empresas suas associadas, os ensaios clínicos trouxeram para Portugal um investimento directo de 231,6 milhões de euros entre 2019 e 2022.

Números que poderiam ter sido muito superiores se não existissem constrangimentos como a baixa taxa de recrutamento de doentes, demoras no tempo de aprovação, falta de autonomia e capacitação dos centros ou, entre outros factores apontados, uma insuficiente valorização dos recursos humanos existentes.

Em consequência destas dificuldades, estima-se que nos últimos quatro anos as empresas deixaram de realizar 210 ensaios clínicos em Portugal, o que representa 48% dos ensaios activos em 2022 e uma perda directa para o país estimada em 33 milhões de euros.

Caso o contexto se mantenha, a maioria das empresas inquiridas considera que a evolução expectável para os próximos 5 anos é a de manter ou diminuir o número de ensaios clínicos a realizar em Portugal. Em sentido inverso, se as dificuldades apontadas forem ultrapassadas, num futuro próximo as empresas poderiam aumentar em 43% o número de ensaios clínicos que realizam em Portugal.

É, assim, de realçar a necessidade de apostar numa estratégia de autonomia dos centros de investigação e da dotação de meios técnicos necessários para remover os constrangimentos apontados e permitir ao país captar projectos internacionais estruturantes que respondam aos desafios do sistema de saúde e da economia nacional, com ganhos evidentes para o doente, para os profissionais de saúde e para o Estado.

Consulte o documento aqui.

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